domingo, 25 de abril de 2010

DEUS ME ABANDONOU?


Nós vivemos num mundo em que a todo o momento presenciamos desgraças e vicissitudes. A televisão não tem sido mais um instrumento de diversão como no tempo em que ela foi fabricada. Ela tem trazido para muitos a incerteza quanto ao futuro.
Recentemente o noticiário tem falado muito sobre desastres naturais que tem destruído cidades, deixado milhares desabrigados e outros milhares sem vida. Para citar alguns quero relembrar o Furacão Katrina que no dia 29 de agosto de 2005 atingiu a região litorânea do sul dos Estados Unidos, especialmente em torno da região metropolitana de Nova Orleans, o que forçou a evacuação de mais de um milhão de pessoas e causou a morte de quase 1.000 pessoas.
Em 26 de dezembro de 2004 o terremoto do Índico disparou uma seqüência de maremotos (ondas que podem chegar a 30 metros de altura) com vítimas fatais em torno de 285.000.

No Rio de Janeiro, recentemente, temos visto como a chuva tem ceifado vidas e deixado muitas familias sem ter onde morar. Para se ter uma ideia da tragédia, são 247 o número de mortes confirmadas em todo o Estado - 162 em Niterói, 65 no Rio, 16 em São Gonçalo, uma em Petrópolis, uma em Nilópolis, uma em Paracambi e uma em Magé, segundo o último balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros. O número de vítimas, entre mortos e feridos, chega a 408.
 O que fica na cabeça dos sobreviventes é por que Deus deixou que essas pessoas morressem ou ficassem desabrigadas? Por que Ele não as livrou de tamanho sofrimento? Onde Ele estava quando as águas levaram casas e os sonhos de muitos? Esse tem sido o questionamento deu ma nação.
Quero falar a vocês que não é fácil ver a Deus quando as lágrimas estão em nossos olhos. Não é fácil ver a Deus alquebrado pelo sofrimento. Mas quero dizer que é possível! Sei que não é tão simples dizer: "Opa! Amanhã será um novo dia!" Todavia, há esperança para aqueles que confiam em Sua Palavra.
A Bíblia nos relata de Jó, um homem com fé especial, que perdeu tudo: os bens, os filhos, a companhia ajudadora da esposa e sua própria saúde. Porém, em meio a essa avalanche, ele conseguia contemplar um Deus amorável. Ele disse: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR" Jó 1:21. Parece que na cabeça dele todo sofrimento era diminuto diante da grandeza daquele que sabe todas as coisas. Mesmo que seu corpo estivesse sendo dilacerado pela dor, ele exalava o perfume confiante de que o seu Redentor vivia e que um dia se levantaria sobre a Terra (Jó 19:25). Sua confiança foi provada por um tempo, mas ao fim de um período de espera, a resposta do Senhor surgiu como água ao sendento no meio do deserto. As Escrituras relatam que "quando ele orava por seus amigos, Deus mudou sua sorte e lhe deu tudo em dobro (Jó 42:10). 
Eu me recordo que certo dia fui visitar um irmã que convalescia com uma enfermidade incurável. Minha intenção era consolá-la. Levar o bálsamo para refrescar sua alma. Mas confesso que a fé daquela serva de Deus me surpreendeu. Enquanto conversávamos ela me disse que não me preocupasse com ela por que suas dores e sofrimentos não se comparavam com as de Jesus e que ela O sentia bem pertinho. Que emoção! Isso que é fé!
Em outra ocasião, na cidade de Tanhaçú na Bahia, eu estava conversando com um rapaz que havia se tornado ateu. O interessante é que esse mesmo ateu tinha sido um missionário cristão. Eu fiquei curioso para saber como um fervoroso cristão se tornara ateu. Eu descobri que ele tinha perdido seu pai morto por uma bala perdida no Rio de Janeiro. Ele, profundamente contrariado, perguntava onde estava Deus quando a bala acertou a cabeça de seu pai? Por que ele não enviou Seu anjo para livrá-lo? Naquele momento o Espírito Santo me levou a perguntar-lhe se ele sabia onde estava Deus, o Pai, quando Jesus morreu. Ele não soube me responder. Então lhe disse que o Senhor estava no mesmo lugar quando mataram Seu Filho. Ele estava do lado dEle!
Falei-lhe o que Deus diz em Sua Palavra. Algo que contraria completamente aqueles que pregam a "TEOLOGIA DA PROSPERIDADE"  onde Deus é obrigado a suprir nossas carências e nos proteger "incondicionalmente" dos revezes da vida.
Cristo disse: "No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16:33). No Salmo 23:4 diz que "ainda que eu ande pelo vale da sombra da MORTE não temerei mal algum, porque tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado me consolam." A Bíblia continua a dizer que "quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama te arderá em ti" (Isaías 43:2). Esses versos não falam que Deus nos livraria DOS problemas, mas que nos livraria NELES (fogo e água).

Quero concluir com os amigos de Daniel. Esses rapazes foram entrevistados e coagidos pelo prórprio rei de Babilônia para que se prostrassem diante da estátua por ele erigida para sua adoração. Aqui aparece a fé desses jovens.Eles falaram que Deus podia livrá-los. E, se ELE NÃO OS LIVRASSE, continuariam sendo fiéis ao Senhor (Daniel 3:17-18). Foram jogados na fornalha e obtiveram um livramento espetacular (Daniel 3:24-30).
Como vimos, dor, sofrimento, perda e morte são coisas com as quais temos que lidar dia a dia. Entretanto, quero falar que tudo isso deixará de existir um dia. Quando Cristo voltar vamos receber dele uma Terra restaurada onde a natureza não mais será um instrumento de destruição nas mãos de Satanás ,mas de confirmação da grandeza de Deus (Apocalipse 21). O que precisamos fazer para estar nesse paraíso é aceitar a Jesus e crer que Ele sabe de tudo e que todas a coisas tem um propósito e "concorrem para o bem daqueles que amam a Deus" (Romanos 8:28). 
Não se esqueça que temos alguém ao nosso lado e que nunca vai nos abandonar por que Ele é Deus conosco! (Mateus 1:23)
Que Deus te abençoe!

RECEITA PARA A BELEZA



Você se considera feia? Não há mulheres feias; há apenas mulheres que não sabem se fazer bonitas. Como? É fácil: SORRINDO.

Vivemos num mundo de mulheres tristes e de faces franzidas. Vivem à espera de um temporal atômico que pode destruir casas e filhos. É o mundo do temor, incerteza, angústia, preconceito e tristeza.
Algumas prescrições para se sentir mais bonita e valorizada:

1. Assobiar, escutar música e cantarolar, enquanto trabalha.

Deus deu ao ser humano a habilidade de assobiar, assim como aos pássaros o dom de trinar, com o objetivo de tornar o mundo um lugar mais agradável e feliz. Com relação a música, ela aumenta a capacidade de trabalho, influi na respiração, na circulação do sangue, e cura até certas enfermidades do sistema nervoso.

2. Esquecer os remédios.O sorriso é um bom remédio.

Não dúvidas de que vale mais uma boa gargalhada, sadia e sonora, todas as manhãs, do que uma colher de fortificante. O riso é um exercício natural e de descanso dos pulmões, do diafragma e dos músculos. O coração, o fígado e o estômago, ou todos os órgãos internos, são suavemente beneficiados pelos movimentos do sorriso.

3.Elogiar com sinceridade.

Por que será que é no lar que costumamos omitir com maior frequência a oportuna palavra de elogio e de compreensão? Às vezes, um pequeno gesto acompanhado de um sorriso basta para dar alento ao coração da pessoa amada. Uma só palavra de merecido louvor rende mais dividendos que todo um discurso de reprovação.

4. Ser jovial.

A alegria é acessível a todos, em qualquer idade ou qualquer temperamento. E se há um lugar onde podemos cultivar essa boa disposição emocional, esse lugar é o lar.

5. Fazer algo por alguém.

Crie bons motivos para que outros gostem de você. E veja nos outros bons motivos para você gostar deles. Imagine, quanto melhor nos relacionaríamos com nosso próximo, e quanto mais seríamos agradáveis simplismente por irradiar o calor de uma alegria sincera. "Se dermos sorrisos, eles ser-nos-ão devolvidos; se falarmos palavras prazerosas e alegres, elas nos falarão em retorno." - O Lar Adventista, pág. 430.

6. Fazer um inventário das alegrias.

Tome uma folha de papel e escreva: Minhas Alegrias. Abaixo, enumere todos os seus motivos de gratidão e alegria. Antes de se deitar cada noite, peça ao Senhor que lhe perdoe qulaquer erro cometido durante aquele dia: Palavrões, discussões, impertinências, brigas,carrancas, richas. E Lhe agradeça pela Sua bondade; por todas as coisas que a enche de felicidade, contidas no seu inventário das alegrias, tais como: seu lar, os rostos queridos de sua família, o alimento, a vida, o vestuário; e você verá que uma alegria serena insinuará através de toda a sua alma e você dormirá um sono de criança feliz.

TEXTO TIRADO DA REVISTA DECISÃO.

UMA PERSPECTIVA CRISTÃ DO SEXO

A atitude da sociedade quanto ao sexo tem ido de um extremo ao outro. “A pessoa da época vitoriana,” escreve Rollo May, “procurava ter amor sem cair no sexo; o humano moderno procura ter sexo sem cair no amor.”1 Do ponto de vista puritano do sexo como um mal necessário para a procriação, chegamos à concepção popular do sexo como algo necessário para recreação.
Ambos os extremos estão errados e deixam de cumprir a intenção divina quanto ao sexo. A opinião negativa faz os casados se sentirem culpados quanto a suas relações sexuais; a opinião permissiva transforma as pessoas em robôs, entregando-se ao sexo sem muito sentido ou satisfação.
Como deveria o cristão relacionar-se com o sexo? Que diz a Bíblia sobre a sexualidade? Como cristão que crê na Bíblia, achei os sete princípios seguintes úteis para a compreensão de como deveríamos nos relacionar com o sexo.

Princípio nº 1: A Bíblia fala da sexualidade humana como boa

Comecemos com o começo: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). Depois de cada ato de criação, Deus disse “que isso era bom” (Gênesis 1:12, 18, 21, 25), mas depois da criação da humanidade como homem e mulher, Deus disse “que era muito bom” (Gênesis 1:31). Esta avaliação inicial da sexualidade humana como algo “muito bom” mostra que a Bíblia vê a distinção sexual macho/fêmea como parte da qualidade boa e perfeita da criação divina original.
Note também que a dualidade sexual humana como macho e fêmea é dita explicitamente ter sido criada à imagem de Deus. Como as Escrituras distinguem os seres humanos de outras criaturas, os teólogos têm usualmente pensado que a imagem de Deus na humanidade se refere às faculdades racionais, morais e espirituais que Deus outorgou a homens e mulheres.
Contudo, há um outro modo de compreender a imagem de Deus, implícita em Gênesis 1:27: “À imagem de Deus o criou: homem e mulher os criou.” Assim a masculinidade e a feminilidade humanas refletem a imagem de Deus no sentido que o homem e a mulher têm a capacidade de experimentar uma unidade de companheirismo semelhante à que existe na Trindade. O Deus da revelação bíblica não é um Ser solitário e único, que vive em alheamento eterno, mas sim um companheirismo de três Seres unidos de um modo tão íntimo e misterioso que nós Os adoramos como um só Deus. Esta unidade misteriosa da Trindade reflete-se como uma imagem divina na humanidade, na dualidade sexual de homem e mulher, misteriosamente unidos em casamento como “uma só carne”.

Princípio nº 2: A relação sexual é um processo pelo qual dois tornam-se “uma só carne”

O companheirismo íntimo entre homem e mulher é expresso em Gênesis 2:24: “Por isto deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” A frase “uma só carne” refere à união de corpo, alma e espírito entre cônjuges. Esta união total pode ser experimentada especialmente através da relação sexual, quando o ato é a expressão de amor, respeito e devoção genuínos.
A frase “tornando-se os dois uma só carne” expressa a estimativa divina do sexo dentro da relação conjugal. Diz-nos que Deus vê o sexo como um meio pelo qual o marido e a esposa podem atingir nova unidade. É digno de nota que a imagem “uma só carne” nunca é usada para descrever a relação de uma criança com seu pai ou mãe. O homem precisa deixar seu pai e mãe para se tornar “uma só carne” com sua mulher. Sua relação com sua esposa é diferente de sua relação com os pais porque consiste de uma nova unidade consumada pela união sexual.
Tornar-se “uma só carne” implica também que o propósito do ato sexual não é apenas procriativo (produzir filhos), mas também psicológico (satisfazendo a necessidade emocional de consumar nova relação de unidade). Unidade implica na disposição de revelar ao outro do modo mais íntimo seu eu físico, emocional e intelectual. Ao se conhecer do modo mais íntimo, o casal experimenta o significado de tornar-se uma só carne. A relação sexual não garante automaticamente esta unidade. Antes consuma a intimidade de uma participação perfeita que já se desenvolveu.

Princípio nº 3: Sexo é conhecer um ao outro no nível mais íntimo

Relações sexuais dentro do casamento permitem a um casal chegar a conhecer um ao outro de um modo que não pode ser experimentado de nenhum outro modo. Participar da relação sexual significa revelar não apenas seu corpo, mas também seu ser interior um ao outro. É por isto que as Escrituras descrevem a relação sexual como “conhecer” (ver Gênesis 4:1), o mesmo verbo usado no hebraico em referência a conhecer a Deus.
Obviamente Adão tinha chegado a conhecer Eva antes de sua relação sexual, mas através dela chegou a conhecê-la mais intimamente do que antes. Dwight H. Small observa a propósito: “Revelação através da relação sexual encoraja revelação em todos os níveis da existência pessoal. Esta é uma revelação exclusiva e única para o casal. Eles se conhecem como a ninguém mais. Este conhecimento único equivale a reclamar o outro num pertencer genuíno.... A nudez e a ligação física é simbólica do fato de que nada é oculto ou retido entre eles.”2
O processo que leva à relação sexual é um de conhecimento crescente. Do conhecimento casual inicial ao cortejo, casamento e relação sexual, o casal cresce no conhecimento um do outro. A relação sexual representa a culminação deste crescimento recíproco e intimidade. Como Elizabeth Achtemeier o expressa: “Sentimos como que a mais oculta profundidade de nosso ser é trazida à superfície e revelada e oferecida um ao outro como a expressão mais íntima de nosso amor.”3

Princípio nº 4: A Bíblia condena o sexo fora do casamento

Uma vez que sexo representa a mais íntima de todas as relações interpessoais, expressando uma unidade de devoção completa, tal unidade não pode ser expressada ou experimentada numa união sexual casual na qual o intento é puramente recreacional ou comercial. A única unidade experimentada em tais uniões é a da imoralidade.
Imoralidade sexual é grave porque afeta o indivíduo mais profunda e permanentemente do que outro pecado qualquer. Como Paulo afirma: “Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer, é fora do corpo; mas aquele que pratica imoralidade peca contra o próprio corpo” (I Coríntios 6:18). Alguém poderá dizer que até a glutonaria e a bebedice afetam uma pessoa no interior do corpo. Mas esses pecados não têm o mesmo efeito permanente sobre a personalidade como o pecado sexual.
Abuso no comer ou no beber pode ser vencido, bens furtados podem ser devolvidos, mentiras podem ser retratadas e substituídas pela verdade, mas o ato sexual não pode ser desfeito. Uma mudança radical, que não pode jamais ser desfeita, ocorreu na relação interpessoal do casal em questão.
Isto não significa que pecados sexuais sejam imperdoáveis. A Bíblia nos assegura por exemplo e preceito que se confessarmos nosso pecado, o Senhor é “fiel e justo para perdoar todos os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:9). Quando Davi se arrependeu de seu duplo pecado de adultério e homicídio, Deus o perdoou (ver Salmos 51 e 32).

Princípio nº 5: O sexo sem compromisso reduz a pessoa a um objeto

Sexo fora do casamento é sexo sem compromisso. Tais relações casuais destroem a integridade da pessoa por reduzir a outra a um objeto de gratificação pessoal. Pessoas que se sentem feridas e usadas depois de encontros sexuais podem se retrair completamente de atividade sexual de medo de serem usadas novamente, ou podem decidir usar seus corpos egoistamente, sem consideração pelos sentimentos dos outros. De um modo ou de outro, a sexualidade é pervertida porque ele ou ela destruiu a possibilidade de usar sua sexualidade para relacionar-se genuina e intimamente com a pessoa que ama.
Sexo não pode ser usado como divertimento com um parceiro uma vez e como modo de expressar amor genuíno e compromisso com outro parceiro noutra ocasião. A perspectiva bíblica de unidade, intimidade e amor genuíno não pode ser realizada em sexo fora do casamento ou em sexo com parceiros múltiplos.
Noivos provavelmente dirão que estão expressando amor genuíno ao engajar em sexo pré-marital. De uma perspectiva cristã, noivos respeitarão um ao outro e considerarão o noivado como uma preparação para o casamento, e não como casamento. Até assumir os votos matrimoniais, existe a possibilidade de romper a relação. Se um casal teve relação sexual, comprometeram sua relação. Qualquer ruptura subseqüente deixará cicatrizes emocionais permanentes. É somente quando um homem e uma mulher desejam tornar-se um, não apenas verbal como também legalmente, assumindo responsabilidade por seu parceiro, que eles podem selar seu relacionamento através da união sexual.
Em nenhuma outra área tem sido a moralidade cristã atacada como na área de sexo fora do casamento. A condenação bíblica de atos sexuais ilícitos é clara mas freqüentemente ignorada com subterfúgios. Por exemplo, a fornicação é chamada sexo pré-marital, com a ênfase sobre o “pré”. Adultério é chamado sexo “extramarital”, não como um pecado contra a lei moral divina. A homossexualidade passa de uma perversão grave para “desvio” e “variação gay”.
Mais e mais, cristãos estão cedendo ao argumento especioso de que “o amor o justifica”. Se um homem e uma mulher se amam profunda e genuinamente, é dito que eles têm o direito de expressar seu amor através da união sexual fora do casamento. Alguns argüem que sexo pré-marital libera as pessoas de suas inibições, dando-lhes a sensação de liberdade emocional. A verdade é que o sexo pré-marital aumenta a pressão emocional porque reduz o amor sexual a um nível puramente físico, sem o comprometimento total de duas pessoas casadas.

Princípio nº 6: Sexo é ao mesmo tempo procriativo e relacional

Até o começo de nosso século, os cristãos geralmente criam que a função primária do sexo era procriativa. Outras considerações, como os aspectos de união, relação e prazer do sexo eram vistos como secundários. No século XX a ordem foi invertida.
De um ponto de vista bíblico, atividade sexual dentro do casamento é tanto procriativa como relacional. Como cristãos, precisamos recuperar e manter o equilíbrio bíblico entre estas duas funções do sexo. União sexual é um ato prazenteiro de participação perfeita que gera um sentimento de unidade ao mesmo tempo que oferece a possibilidade de trazer um novo ser ao mundo. Precisamos reconhecer que o sexo é uma dádiva divina que pode ser desfrutada legitimamente dentro do casamento.
Paulo encoraja maridos e esposas a cumprirem seus deveres conjugais, porque seus corpos não lhes pertencem somente mas um ao outro. Portanto não deveriam privar um ao outro do sexo, exceto por acordo mútuo por algum tempo para se devotar à oração. Depois deveriam se ajuntar de novo para que Satanás não os tente por causa da incontinência (I Coríntios 7:2-5; ver também Hebreus 13:4).

Princípio nº 7: O sexo permite ao homem e à mulher refletirem a imagem de Deus participando em Sua atividade criativa

Na Bíblia, o sexo serve não somente para gerar uma unidade misteriosa de espírito, mas também oferece a possibilidade de trazer crianças a este mundo. “Sede fecundos, multiplicai-vos,” diz o mandamento de Gênesis (Gênesis 1:28).
Naturalmente, nem todos os casais podem ter ou são justificados em ter filhos. Velhice, infertilidade e enfermidades genéticas são alguns dos fatores que tornam a geração de filhos impossível ou desaconselhada. Para a maioria dos casais, contudo, ter filhos é uma parte normal da vida conjugal. Isto não significa que todo ato de união sexual deva resultar em concepção.
“Não fomos feitos para separar sexo da geração de filhos,” escreve David Phypers, “e os que o fazem, de modo total e final, puramente por razões pessoais, estão certamente falhando quanto ao propósito divino para suas vidas. Correm o risco de que seu casamento e atividade sexual se tornem egoístas. Só consideram sua própria satisfação, em vez de levar em conta a experiência criativa de trazer nova vida ao mundo, nutrindo-a para a maturidade.”4
Procriação como parte da sexualidade humana traz à tona a importante questão de medidas anticoncepcionais. Será que o mandamento de ser fecundo e multiplicar significa que devemos deixar o planejamento familiar ao esmo?
Não se encontra uma resposta explícita na Bíblia. Vimos que o sexo é tanto relacional como procriacional. O fato de que a função do sexo no casamento não é apenas de gerar filhos, mas também para expressar e experimentar amor mútuo e compromisso, implica a necessidade de certas limitações na função reprodutiva do sexo. Isto significa que a função relacional do sexo pode ser uma experiência dinâmica viável, se sua função reprodutiva for controlada.
Isto nos leva a outra questão: Temos o direito de interferir com o ciclo reprodutivo estabelecido por Deus? A resposta histórica da Igreja Católica Romana tem sido um claro “NÃO”! A posição católica tem sido moderada pela encíclica Humanae Vitae (Julho 29, 1968), do Papa Paulo VI, que reconhece a moralidade da união sexual entre marido e mulher, mesmo se não visa a geração de filhos.5 A encíclica, embora condenando medidas anticoncepcionais artificiais, permite um método natural de controle de natalidade conhecido como o “método do ritmo”. Este método consiste em limitar a união sexual aos períodos inférteis no ciclo menstrual da mulher.
A tentativa da Humanae Vitae de distinguir entre medidas anticoncepcionais “artificiais” e “naturais”, tornando a primeira imoral e a segunda moral, tem um ar de arbitrariedade. Tanto num caso como no outro, a inteligência humana impede a fertilização do ovo. O rejeitar como imoral o uso de medidas anticoncepcionais artificiais pode levar à rejeição do uso de qualquer vacina, hormônio ou medicamento que não é produzido naturalmente pelo corpo humano.
“Como quaisquer outras invenções humanas,” escreve David Phypers, “a prevenção de gravidez é moralmente neutra; o que importa é o que fazemos com ela. Se a usarmos para praticar sexo fora do casamento ou egoistamente dentro do casamento, ou se por ela invadimos a privacidade do casamento de outros, podemos com efeito ser culpados de desobedecer a vontade de Deus e de perverter a relação matrimonial. Contudo, se a usarmos com o devido respeito à saúde e ao bem-estar de nossos parceiros e de nossas famílias, então pode aprimorar e fortalecer nosso casamento. Pela prevenção de gravidez podemos proteger nosso casamento das tensões físicas, emocionais, econômicas e psicológicas que poderiam advir de outras concepções, e ao mesmo tempo podemos usar o ato conjugal, reverente e amorosamente, para nos unir numa união duradoura.”6

Conclusão

A sexualidade é parte da bela criação divina. Nada tem de pecaminoso. Contudo, como todas as dádivas de Deus aos seres humanos, o sexo caiu sob o plano satânico de desviar a humanidade da intenção divina. A função do sexo é de unir e procriar, dentro da relação de homem e mulher se unirem para formar “uma só carne”. Quando esta relação é rompida, quando o sexo ocorre fora do casamento — tanto premarital como extramaritalmente — temos a violação do sétimo mandamento. E isto é pecado — pecado contra Deus, contra um ser humano e contra o próprio corpo.
Mas a Bíblia não nos deixa sem esperança. Ela nos oferece a graça de Deus e o poder de vencer todo pecado que nos assedia, incluindo o pecado sexual. Embora pecados deixem marca na consciência e prejudiquem a outra pessoa, o arrependimento genuíno pode abrir a porta ao perdão divino. Nenhum pecado é tão grande que a graça de Deus não possa curar e restaurar. Tudo de que precisamos é buscar aquela graça, pois é ela que nos habilita a alcançar todo potencial que o Criador pôs dentro de nós.
E isto se aplica também ao sexo. Numa época em que a permissividade e a promiscuidade sexuais prevalecem, é imperativo para nós cristãos reafirmarmos nosso compromisso com o ponto de vista bíblico acerca do sexo como uma dádiva divina para ser desfrutada somente dentro do casamento.

Samuele Bacchiocchi (Ph.D., Pontifical University, The Vatican) leciona teologia e história da igreja na Universidade Andrews, Berrien Springs, Michigan, E.U.A. Este artigo é uma adaptação do capítulo 3 de seu livro, The Marriage Covenant, que pode ser encomendado de Biblical Perspectives; 4990 Appian Way; Berrien Springs, MI 49103; E.U.A.

Notas e referências
1.   Rollo May, “Reflecting on the New Puritanism”, em Sex Thoughts for Contemporary Christians, ed. Michael J. Taylor, S. J. (Garden City, New York: Doubleday, 1972), pág. 171.
2.   Dwight H. Small, Christian: Celebrate Your Sexuality (Old Tappan, N.J.: Revell, 1974), pág. 186.
3.   Elizabeth Achtemeier, The Committed Marriage (Philadelphia: Westminster, 1976), pág. 162.
4.   David Phypers, Christian Marriage in Crisis (Bromley: Marc Europe, 1985), pág. 38.
5.   Humanae Vitae, parágrafo 11.
6.   Phypers, pág. 44.

FÉ E CIÊNCIA PODEM COEXISTIR?




Fé e ciência podem coexistir? Muitos diriam que os cientistas precisam deixar fora de suas preocupações acadêmicas todas as influências religiosas porque, de outro modo, haveria prejuízo para a pesquisa da verdade. Contudo, creio que o Deus da Bíblia compreende os mais altos níveis da erudição, e não apenas os confortantes temas espirituais. Mesmo das ciências que parecem menos prováveis como a paleontologia e a geologia, podemos tirar proveito mediante intuições recebidas do Criador do Universo, percepções essas que outros ignoram.1
 
Desafios a serem vencidos
Qualquer tentativa de integrar a fé e a erudição imediatamente apresenta tensão. Pode a religião introduzir preconceitos em nossa pesquisa científica da verdade? Sim, pode. Por exemplo, alguns cristãos conservadores crêem, na base do que consideram ensino bíblico, que os dinossauros nunca existiram. Mas numerosos esqueletos de dinossauros já foram achados. Uma solução é deixar a Bíblia fora de nossas preocupações acadêmicas, de modo que preconceitos religiosos não interfiram e possamos ser mais objetivos.
Mas tal solução é leviana, como bem ilustra certo episódio da história da geologia. Por mais de cem anos o trabalho do geólogo pioneiro Lyell foi considerado autorizado no campo da geologia.2 Lyell rejeitou todas as interpretações catastrofistas comuns de seus dias, e as substituiu pela teoria de que todos os processos geológicos ocorrem muito lenta e gradualmente durante longos períodos de tempo (gradualismo). Os analistas históricos da obra de Lyell, contudo, concluíram que os catastrofistas eram os cientistas mais isentos de preconceito, e que Lyell impôs uma teoria derivada culturalmente e acima dos fatos.3 Gould e outros não concordam com as opiniões bíblicas de alguns dos primeiros geólogos; mas concluíram que os colegas de Lyell eram observadores mais cuidadosos do que ele próprio, e que suas opiniões catastrofistas eram interpretações realistas dos fatos. A teoria estritamente gradualista de Lyell foi prejudicial à geologia, porque fechou a mente dos geólogos a quaisquer interpretações que sugerissem processos geológicos rápidos e catastróficos.4 Assim entenderam Gould e Valentine. Esses autores ainda preferem explicar a geologia dentro dum cenário de milhões de anos, mas reconhecem a evidência de que muitos depósitos sedimentares são de natureza catastrófica. Agora que os preconceitos de Lyell foram reconhecidos e em parte abandonados, as mentes dos geólogos se abriram para reconhecer as evidências dos processos catastróficos. Elas já estavam presentes nas rochas antes, porém não foram reconhecidas por causa dos preconceitos de Lyell.
Esse episódio revela que o preconceito não se limita à religião. É um problema contra o qual todos temos de lutar, a despeito da cosmovisão que adotemos. É ingênua a idéia de que a religião introduz preconceitos e que o conhecimento científico que a põe de lado é objetivo. Durante a leitura da Bíblia, introduzimos nas entrelinhas nossas idéias favoritas e erramos em relacionar as Escrituras com a natureza. Todavia, aqueles que não levam a sério as Escrituras, têm seus problemas com outros preconceitos e esses são tão significativos quanto os provenientes da religião.
O estudo da geologia e da paleontologia é usualmente dependente da premissa de que a vida evoluiu através de anos, e que não envolveu qualquer intervenção divina. Essa cosmovisão naturalista pode entremeter preconceitos extremamente sutis na pesquisa científica. Não obstante, o nervosismo de muitos líderes do pensamento cristão, ao procurarem uma integração entre a ciência e a religião, não deve ser perfunctoriamente posto de lado. Há respostas para suas preocupações 5 e esse artigo enfocará parte delas. 

Abordagens da relação entre fé e ciência 

Uma abordagem comum é a de manter a ciência e a fé separadas.6 Esse método serve muito bem em várias disciplinas que tratam de questões sobre as quais a Escritura nada diz. Contudo, no estudo da história da Terra, a Bíblia e a ciência atual dizem coisas diferentes, e precisamos de um método que possa tratar desse conflito. A solução que tenho é conhecer a Deus como um amigo pessoal, aprender a confiar em Sua Palavra e usá-la como assistente de nosso pensamento acadêmico. Entrementes, nossa interação com outros estudiosos de opiniões variadas pode ajudar-nos a evitar tentativas simplistas de relacionar as Escrituras com o mundo natural. Há muitos criacionistas que escrevem livros e panfletos sobre evolução ou geologia, os quais são, infelizmente, um embaraço aos cristãos conservadores que têm conhecimento dessas matérias. Talvez o problema não esteja na utilização dos conceitos bíblicos, mas na falta de conhecimento científico combinado com a ausência de contato com outros cientistas. 

Isso nos leva a uma abordagem testada e aprovada, calcada nos passos seguintes:
  • Pesquise ativamente e utilize as idéias das Escrituras pertinentes à sua matéria.
  • Esteja a par da obra e pensamento daqueles que têm uma cosmovisão diferente.
  • Sempre que possível, submeta a colegas seu trabalho destinado à publicação.
  • Seja cortês com aqueles que advogam uma cosmovisão diferente, e faça um trabalho em colaboração com eles. Isso requer confiança e independência de pensamento para não aceitar tudo quanto seus colaboradores pensam. Ao mesmo tempo, mantenha um diálogo construtivo que pode reduzir a probabilidade de pensamento superficial.
Exemplos de uma pesquisa publicada e baseada na abordagem acima 

1. A Geologia do Grand Canyon. Os geólogos têm interpretado as faixas de arenito cambriano, no fundo do Grand Canyon, como acúmulos de areia em águas rasas, ao longo de uma antiga praia oceânica, com o nível da água e depósito arenoso se elevando gradualmente através dos tempos, junto à face do precipício existente. Os Drs. Arthur Chadwick, Elaine Kennedy e seus colaboradores encontraram um depósito geológico que desafia abertamente essa interpretação.7 Sua evidência indica acúmulo de areia em águas profundas mediante processos muito diferentes daqueles ocorrentes em águas rasas (esses processos em água profunda eram possivelmente também mais rápidos, mas isso é outro assunto). Eles apresentaram seus dados e conclusões numa reunião profissional de geólogos, à qual estavam presentes alguns cientistas que tinham feito muitas pesquisas naquela formação, os quais entenderam que as conclusões de Chadwick e Kennedy estavam corretas. Um geólogo perguntou posteriormente ao Dr. Chadwick o que o tinha levado a ver as coisas que outros geólogos não tinham observado. A resposta foi que sua cosmovisão o estimulou a fazer perguntas que outros não haviam formulado, e a questionar conclusões que outros aceitavam cegamente. Isso abriu seus olhos para ver coisas que provavelmente foram deixadas de lado por geólogos que trabalham dentro de uma teoria científica naturalista convencional. As questões que um estudioso levanta têm forte influência sobre as características de rochas e fósseis que chamam sua atenção, e os dados que coletam.
Um cientista cuidadoso, que permite à história bíblica fornecer dados para o seu conhecimento, não usará um método científico diverso daquele utilizado por outros cientistas. Quando os cientistas examinam uma rocha, usam o mesmo método científico. Os tipos de dados potencialmente à sua disposição são os mesmos, e eles se valem dos mesmos instrumentos científicos e processos lógicos de análise de dados. As diferenças estão: (1) nas questões que os cristãos colocam, (2) no leque de hipóteses que estamos dispostos a considerar e, (3) em quais tipos potenciais de dados que chamarão nossa atenção.
Somente porque partimos daquilo que cremos ser o ponto inicial mais correto (como intuição bíblica), isso não garante que as hipóteses que desenvolvemos sejam corretas (as Escrituras não fornecem tantos detalhes assim). Tãosomente inicia uma pesquisa numa direção mais promissora, e se temos razão para confiar nas intuições divinas, isso nos ajudará a progredir melhor em algumas áreas da ciência, abrindo nossos olhos a coisas que provavelmente não veríamos de outro modo. 

2. Fósseis de baleias da Formação Miocênica/Pliocênica de Pisco, no Peru. A Formação de Pisco, no Peru, contém numerosos fósseis de baleias em depósito de diatomitos. Os diatomitos microscópicos são organismos que flutuam na superfície de lagos e oceanos. Ao morrerem, seus esqueletos de sílica afundam. Nos modernos oceanos, eles formaram num milênio acumulações da espessura de alguns centímetros. A maioria dos cientistas entende que os antigos depósitos de diatomitos fósseis se formaram com a mesma lentidão, poucos centímetros a cada mil anos.
Os geólogos e paleontologistas que escreveram sobre a geologia e os fósseis da Formação Pisco aparentemente não perguntaram como é possível que sedimentos que se acumulam à razão de uns poucos centímetros durante milhares de anos podem conter baleias completas bem preservadas, as quais parecem ter sofrido um sepultamento rápido para sua preservação. Esse foi outro exemplo no qual a cosmovisão cristã abriu nossos olhos para ver coisas que outros não tinham notado — a incongruência das baleias bem preservadas, em contraste com a suposta acumulação lenta de diatomitos.
A pesquisa que fizemos durante os últimos três verões, juntamente com meu aluno graduado, Raul Esperante, e outros geólogos, juntou evidências que apontam para um sepultamento rápido das carcaças de baleias, provavelmente de umas poucas semanas ou meses (uns poucos anos ao máximo) de duração, e sugere como os antigos diatomitos podem ter-se formado muito mais rapidamente.
Os resultados e conclusões de nossa pesquisa foram apresentados nas reuniões anuais da Geological Society of America,8 e numa monografia já publicada. 9 Mais monografias serão apresentadas. Os melhores cientistas da área terão oportunidade de avaliar nosso trabalho, e estarão ansiosos de apontar nossos erros. Isso é um incentivo poderoso para nos impedir de sermos descuidados.
Tenho gasto tempo nessa pesquisa de campo (e noutra investigação paleontológica não mencionada aqui)10, com geólogos e paleontólogos não-cristãos, os quais têm uma cosmovisão completamente diferente da minha. Descobri que vale a pena trabalhar com alguém que tenha um ponto de vista diferente. Descobri coisas que eles provavelmente nunca tomariam em consideração, e coisas que eles notaram, as quais eu provavelmente não veria. Isso nos ajuda a evitar respostas simplistas ao procurar compreender a história geológica. 

Integrando fé e ciência 

Os cientistas extraem suas idéias e hipóteses de muitos modos diferentes11 e não importa de onde elas venham (mesmo da Bíblia), porquanto só se tornam ciência válida se puderem ser substanciadas com fatos. A ciência, naturalmente, não tem nada a contribuir para avaliar boa parte do conteúdo da Bíblia. O fato de Jesus ter transformado água em vinho ou ressuscitado a Lázaro dentre os mortos está além do escrutínio científico. Que experimentos faria você para provar esses milagres bíblicos? Por outro lado, quando a cosmovisão bíblica sugere hipóteses verificáveis, essas se tornam contribuições válidas para a ciência.
Tentar integrar fé e ciência pode ajudar- nos a encontrar o equilíbrio entre hipóteses opostas. Por exemplo, nossas intuições bíblicas nos ajudaram a fazer as perguntas corretas e descobrir que, pelo menos, alguns depósitos geológicos se formaram com extrema rapidez. Ao mesmo tempo, nossa pesquisa científica parece indicar que a premissa não-bíblica da ausência de atividade geológica na Terra, entre a semana da Criação e o Dilúvio, parece não ser correta. A coluna geológica pode não ter sido formada inteiramente no dilúvio genesíaco, mas se acumulado durante um período de tempo antes, durante e depois do Dilúvio.
A religião pode introduzir preconceitos em nossa ciência, mas o mesmo acontece com outras abordagens. Se fizermos um esforço consciencioso para integrar fé e ciência, ou fé e outras disciplinas, o esforço pode abrir-nos a mente para novas intuições. O inverso disso também é verdade: Se não buscarmos integrar a ciência e a fé, é pouco provável que compreendamos adequadamente as áreas onde a ciência e a religião parecem estar em conflito. Se não fizermos um esforço sério para desafiar o pensamento convencional e desenvolver uma síntese positiva de ciência e fé, é provável que aceitemos o pensamento convencional sem saber se ele é ou não baseado em sólido fundamento. 

Leonard Brand (Ph.D. pela Cornell University) é professor de biologia e paleontologia na Loma Linda University, Loma Linda, Califórnia, EUA. E-mail: lbrand@univ.llu.edu
Notas e referências
1.   Veja L. R. Brand, Faith, Reason, and Earth History: A Paradigm of Earth and Biological Origins by Intelligent Design (Berrien Springs, Mich: Andrews University Press, 1997).
2.   C. Lyell, Principles of Geology, Being an Attempt to Explain the Former Changes of the Earth’s Surface, by Reference to Causes Now in Operation, 3 vols. (London: John Murray, 1830-33); Principles of Geology, or the Modern Changes of the Earth and Its Inhabitants Considered as Illustrative of Geology, 11a ed. (New York: D. Appleton and Co., 1892), 2 vols. A 11a edição é a mais usada atualmente.
3.   S. J. Gould, “Lyell’s Vision and Rhetoric”, em W. A. Berggren e J. A.Van Couvering, eds. Catastrophes and Earth History: The New Uniformitarianism (Princeton, N.J.: Princeton University Press, 1984).
4.   S. J. Gould, “Is Uniformitarianism Necessary?” American Journal of Science 263 (1965): 223-228 e J. W. Valentine, “The present Is the Key to the Present”, Journal of Geological Education 14 (1966) 2: 59, 60
5.   L. R. Brand, “The Bible and Science”, em Humberto M. Rasi, ed., Symposium on the Bible and Adventist Scholarship: Christ in the Classroom (Silver Spring, Md.: Institute for Christian Teaching, General Conference of Seventh-day Adventists), vol. 26-B: 139- 162.
6.   S. J. Gould, Et Dieu Dit : Que Darwin soit ! (Paris: Seuil, 2000).
7.   E. G. Kennedy, R. Kablanow e A. V. Chadwick, “Evidence for Deep Water Deposition of the Tapeats Sandstone, Grand Canyon, Arizona”. Actas da 3rd Biannual Conference of Research on the Colorado Plateau, C. VanRiper III, e E. T. Deshler, eds., U. S. Dept. of the Interior, Transactions and Proceedings Series NPS/ NRNAM/NRTP, 97/12, 1997, pp. 215-228.
8.   R. Esperante-Caamano, L. R. Brand, A. V. Chadwick e O. Poma, “Taphonomy of Whales in the Miocene/Pliocene Pisco Formation, Western Peru”, Geological Society of America, concilio anual, outubro de 1999. Abstracts With Programs, 31(7): A- 466, R. Esperante-Caamano, L. R. Brand, A. V. Chadwick e F. DeLucchi, “Fossil Whales of the Miocene/Pliocene Pisco Formation, Peru: Stratigraphy, Distribution, and Taphonomy”, Geological Society of America, concilio anual, novembro de 2000. Abstracts With Programs, 32 (7): A-499.
9.   R. Esperante-Caamano, L. R. Brand, A. V. Chadwick e O. Poma, “Taphonomy of Fossil Whales in the Diatomaceous Sediments of the Miocene/Pliocene Pisco Formation, Peru”, em M. De Renzi, M. Alonso, M. Belinchon, E. Penalver, P. Montoya e A. Marquez-Aliaga, eds., Current Topics on Taphonomy and Fossilization (Valencia, Spain: International Conference Taphos 2002; 3rd Meeting on Taphonomy and Fossilization), pp. 337-343.
10. Por exemplo, L. R. Brand e T. Tang, “Fossil Vertebrate Footprints in the Coconino Sandstone [Permian] of Northern Arizona: Evidence for Underwater Origin”, Geology 19 (1991): 1201-1204. Comentários sobre este foram publicados em: Science News 141 (1992) 4:5; Geology Today 8 (1992) 3:78, 79 e Nature 355 (9 de janeiro, 1992): 110.
11. Veja A. Cromer, Uncommon Sense: The Heretical Nature of Science (New York: Oxford University Press, 1993), p. 148; K. R. Popper, The Logic of Scientific Discovery (New York: Harper and Row, 1999) pp. 31, 32.